Terminou a nossa aventura
por França, mais propriamente em L' Argientierre la Bessée, onde por estes dias
participámos no Campeonato Europeu de Escalada em Bloco de jovens. Fazendo uma
retrospetiva do que aconteceu podemos definir que as nossas emoções estiveram
perto do céu, mas que rapidamente e em voo picado, descemos à terra.
Seria uma ilusão levar
expetativas muitos altas relativamente à nossa prestação. No entanto, queríamos
simplesmente verificar a evolução dos nossos atletas face à prestação obtida do
ano passado, sem nunca esquecer que, as seleções dos outros países também
evoluem.
De uma maneira geral e
avaliando a prestação do grupo dos competidores nacionais, verificámos que o
nível em cada um dos escalões estava elevadíssimo, refletindo-se isso mesmo na
classificação do escalão juvenil feminino e masculino. De certa maneira e com
base na preparação e resultados obtidos nas competições nacionais, tínhamos a
noção que os nossos atletas estavam melhor preparados que no ano anterior, mas
isso não foi suficiente para superar o nível de desempenho obtido.
Fazendo uma reflexão mais
profunda, mas sem querer entrar pelos meandros de uma discussão já antiga,
constatámos que o problema está na estrutura de suporte e no nível da
competição em Portugal. Teremos sempre que evoluir na preparação (com base na
prestação individual do atleta) mas se o nível global da competição nacional
não evoluir, será sempre muito difícil reduzir a distância entre nós e os
outros competidores. Contudo, não podemos esquecer o esforço e dedicação que os
clubes em Portugal fazem em proporcionar competições, que ano após ano, têm
sido pautadas pela excelente qualidade e organização e, que na verdade, têm
sido excelentes meios para a evolução dos atletas no global.
Mas nem tudo foi mau, a
experiência obtida fez-nos acreditar ainda mais no nosso trabalho e temos a
noção que aprendemos muito mais agora que no ano passado.
Mas, convergindo para o preâmbulo desta reflexão,
estivemos muito perto de estabelecer um marco histórico a nível da escalada
competição nacional. Simplesmente por um bloco (que não foi encadeado) não
conseguimos colocar uma atleta na final da competição do escalão iniciado
feminino. A atleta Beatriz Coimbra fez um prova fantástica, em que dos oito
blocos que compunham a eliminatórias, encadeou cinco à primeira tentativa,
deixando três blocos por fazer e foram esses que fizeram a diferença. Por
momentos e imbuídos por um espírito entusiasta conseguimos roubar algum
protagonismo à prova com ajuda do speaker, que mais tarde partilhou que
simpatiza com a nossa equipa, por um simples motivo, mantemos sempre um sorriso
na cara.
Estamos conscientes que a
12ª posição obtida, já é por si só, uma classificação histórica, mas, daquilo
que observámos, sentimos que era possível chegar mais à frente.
Eliminatórias do escalão Female Youth B (Iniciados) - Beatriz Coimbra
Eliminatórias do escalão Female Youth A (Juvenis) - Mariana Jordão e Patrícia Medina
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Mariana Jordão |
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Patrícia Medina |
Eliminatórias do escalão Male Youth A (Juvenis) - Rafael Henriques e Francisco Seco
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Rafael Henriques |
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Francisco Seco |
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Francisco Seco |